Afinal, vinho caro é bom? Mostraremos aqui, qual a relação entre qualidade e preço. Apresentaremos ainda, algumas dicas e truques para detectar os melhores vinhos sem prejudicar o seu orçamento. Para isso, é necessário analisar aromas, sabores e características visuais, dessa forma, encontramos o néctar perfeito para todos os momentos.
Para escolher um bom vinho, devemos analisar muito bem todas as suas nuances, não há necessidade de estourar seu orçamento com a escolha de um bom vinho, é importante lembrar que, existem vinhos para todos os gostos e bolsos.
Entenda o mito do preço: vinho caro é bom?
Temos que ter cuidado com a escolha de um vinho, pois existem vinhos de vários preços e gostos. Na cidade de Nova York, por exemplo, um Romanée-Conti 1945 foi leiloado por um valor de U$ 558 mil, por outro lado, podemos encontrar opções mais acessíveis.
Também devemos informar que, no Brasil é possível encontrar vinhos de excelente qualidade e que recebem prêmios internacionais, os vinhos mais caros podem ter uma longevidade maior, estes, por sua vez, exigem tempo e investimento para confeccionar.
No entanto, devemos compreender que os vinhos baratos são aqueles considerados mais simples. Por isso, são utilizados para o consumo imediato, todos os vinhos apresentam propriedades organolépticas, estas propriedades podem ser sentidas por seres humanos através dos sentidos, olfato, visão, paladar e tato.
Existem várias opções de vinhos brasileiros, portugueses, chilenos e argentinos, com preços a partir de R$ 100,00.
Fatores que podem influenciar no preço – vinho caro é bom?
Os chamados vinhos nobres, demoram mais para serem produzidos, veja o que diz o empresário do segmento da enologia Orlov, sobre estes vinhos:
“O ciclo, de quando você poda a videira até quando você tem garrafas para vender daquela videira que você podou, é de mais ou menos 900 dias para vinho fino, nobre. Então imagina, o tempo de feitio desse vinho de alta qualidade é de três anos”.
Os vinhos nobres passam por muitas etapas, que são: plantação e colheita na vinícola até a fermentação alcoólica e malolática e o armazenamento em barrica. A baixa produção de uma determinada bebida, também é um outro fator de encarecimento.
O trabalho e a produtividade são fatores que atingem diretamente os preços, contudo, nem sempre os vinhos baratos possuem qualidade inferior. Em todo o mundo, existem mais de 5 mil espécies de uvas, por isso, é importante conhecer quais são os tipos de vinhos antes de escolher um para uma determinada ocasião.
Veja quais são os tipos de vinhos mais populares, que encontramos nos mercados e em lojas especializadas:
Vinho tinto: Sua produção acontece através da fermentação do suco extraído das uvas tintas.
Vinho rosé: A fabricação deste vinho envolve muitos tipos de vinificação, utilizando também as uvas tintas.
Vinho branco: É fabricado com uvas brancas e tintas, o método de produção utilizado é diferente com relação ao vinho tinto.
Espumantes: O item utilizado na produção é o gás carbônico dissolvido, as uvas utilizadas na fabricação podem ser as brancas e as tintas.
Vinho licoroso: A fermentação deve ser interrompida, antes mesmo de ser concluída a adição de aguardente vínica. Este é um vinho que possui uma alta taxa de álcool, em torno de 9% e 22%.
Vinho envelhecido é bom?
Para descobrir se vinho caro é bom, é importante conhecer as características que os vinhos apresentam e em quais situações podem ser oferecidos. É bom lembrar que nem todo vinho foi produzido para ser envelhecido, nesse sentido, os vinhos mais finos costumam ser os mais caros.
Se deseja verificar o tempo de engarrafamento, saiba que existe uma espécie de curva para facilitar esta medição, com isso, o vinho alcança seu ápice e começa a decair. Entretanto, um vinho mais simples apresenta uma durabilidade menor.
A fabricação destes vinhos mais elaborados, também é mais lenta, o que ajuda a contribuir para aumentar o seu preço. Afinal, o tempo de garrafa permite que o vinho conquiste novas nuances.
Como detectar os melhores vinhos?
Para aprender sobre vinho caro é bom, é necessário compreender que existem vinhos para cada ocasião, por exemplo, podemos encontrar vinhos para o inverno e para o verão. É importante estudar as suas características para harmonizar corretamente, o vinho também funciona como um complemento alimentar.
Esta bebida pode facilitar a digestão, melhorar o funcionamento das veias e do coração, se deseja aprender a escolher um bom vinho, é fundamental conferir o tanino, é um componente que pode ser encontrado em cascas, sementes e engaço de uvas tintas.
Outro ponto que devemos observar em um vinho é a sua cor, já que esta deve ser viva e brilhante, os vinhos tintos, no entanto, possuem tons mais intensos, este é um sinal que há concentração de sabor e estrutura.
Como podemos analisar aromas, sabores e características visuais do vinho?
A análise sensorial de um vinho é um outro ponto que pode afetar a relação preço e qualidade, para fazer corretamente esta análise, utilizamos os sentidos visão, olfato e paladar. Com esta análise, podemos aprender sobre as seguintes características do vinho, por exemplo:
– Aromas: Para os aromas, encontramos os primários, secundários e terciários, no caso dos aromas primários, estes surgem nas próprias uvas, também encontramos os ésteres, é uma substância encontrada em várias frutas, que são:
- Cereja;
- Abacaxi;
- Banana;
- Morango;
- Maçã.
– Sabores: Os sabores do vinho podem oscilar conforme a sua classificação e tipo de uva utilizada na produção, lembramos que, as cores do vinho mais comuns são: tinto, branco, rosé. O teor de açúcar também influencia no sabor, já que o vinho pode ser seco, suave e demi-sec.
Como degustar vinhos sem prejudicar o orçamento? Vinho caro é bom?
É possível elaborar uma degustação em casa e aproveitar o que há de melhor na enologia, não é necessário escolher vinhos extremamente caros para montar uma adega caseira, além de manter uma temperatura adequada para armazenar os vinhos, a estrutura de suporte também deve ser firme.
O Espumante Messias Bairrada Brut Milésime é um bom exemplo de um vinho para uma adega caseira, é um espumante portugês de excelente qualidade, aqui no Brasil, pode apresentar um preço médio de R$ 67,00.
Conclusão
Portanto, agora que ensinamos a detectar se vinho caro é bom, não se esqueça que, o preço nem sempre é um fator para a qualidade, é necessário experimentar para explorar as características de um vinho, como o sabor e o aroma, por exemplo. Se o objetivo é montar uma degustação caseira, é importante pesquisar sobre as preferências dos convidados.
A enologia é um processo que requer conhecimento e prática, somente com o passar do tempo é que você aprende a descobrir um vinho apenas observando características como cheiro, gosto e formato da taça, até os enólogos mais experientes necessitam de especialização para oferecer um excelente serviço.
Um abraço do seu amigo Malbec Gramado
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